Médico, ensine seu paciente, é rápido e fácil​

Confira dicas para uso do Moodr e como ensinar seu paciente a utiliza-lo.​

Dicas para o uso do Moodr: O principal acréscimo ao acompanhamento clínico que o Moodr permite é um aumento na precisão das informações diárias sobre o indivíduo. A possibilidade de melhoria nas tomadas de decisões com o detalhamento dessas informações é evidente.

iversos aspectos da situação clínica podem ser facilmente acessados e visualizados durante as consultas. De modo geral, a qualidade do preenchimento e consequente utilidade do app estão diretamente relacionadas ao tempo direcionado à educação do paciente para utilizá-lo.

O Moodr é de manejo fácil, mas detalhes no uso podem amplificar os benefícios obtidos com ele.

O estabelecimento de um vínculo amistoso entre médico, paciente e o app pode facilitar melhores desfechos do uso.

Algumas sugestões: 

  • Incorpore o Moodr a sua consulta, tornando rotineira a comparação do app às informações trazidas verbalmente pelo paciente.
  • O app pode ser um mensurador indireto da qualidade da relação médico-paciente estabelecida através do seguimento adequado das recomendações propostas.
  • Proponha o uso para o paciente nas fases iniciais do ajuste da medicação, até a estabilização dos sintomas e efeitos colaterais.
  • Após este tempo, o app pode ser continuado ou colocado em hibernação enquanto houver estabilidade, sendo facilmente reativado quando necessário. 
  • Ajude o paciente a instalar o Moodr durante a consulta, como parte dela.
  • Configure o horário de preenchimento e introduza as medicações propostas.
  • Seja cuidadoso na “calibragem” do paciente para um preenchimento adequado do afetivograma.
  • Esclareça, com detalhes de fácil compreensão, as diferenças entre as graduações do afetivograma: depressão leve, (por exemplo, “poucos sintomas e de modo mais subjetivo”; moderada: “maior número de sintomas, outras pessoas percebem, há dificuldades importantes no desempenho” e grave: “incapacidade, mesmo que momentânea, de funcionar, muitos sintomas, ideação suicida ou psicose”. 
  • Sugira registrar o momento de maior gravidade que tenha ocorrido nos sintomas durante o dia.
  • Destaque a possibilidade de ocorrência simultânea (e consequente registro) dos dois pólos do transtorno.
  • Para testar a compreensão do paciente, peça para ele preencher o dia anterior ao da consulta: “vamos ver como preencherias o dia de ontem”.
  • No retorno, avalie a qualidade do preenchimento e possíveis incongruências do paciente; reforce os benefícios em utilizá-lo.
  • Na presença de surpresas, peça detalhes sobre o registrado (como um registro de episódio hipomaníaco em paciente suposto unipolar).
  • Insista especialmente na adesão nos casos mais difíceis, arrastados, com polimedicação, dúvidas diagnósticas e sintomas-alvo relevantes para o caso, avalie a adesão ao app no item resumo do app.
  • Avalie visualmente a evolução dos sintomas (ou sono, apetite, etc.) em relação à medicação em uso. 
  • Pode ser útil comparar as semanas, quinzenas ou meses posteriores e anteriores à introdução de qualquer medicação. 
  • Considere, por exemplo, a contagem de dias em cada grau de gravidade (tantos dias grave, tantos moderado, tantos leve e tantos dias normais) para avaliar tendências
  • Podem haver alterações graduais, mas discretas, nos sintomas que são mais evidentes na comparação entre períodos curtos ou longos.
  • Também podem haver discrepâncias entre os dias registrados e o humor dominante no dia da consulta, o que pode ser questionado/confirmado com o paciente. 
  • Instrua o paciente a enviar prints do app nos intervalos dos encontros, se necessário. Você também pode manter consigo o registro da evolução através desses prints.
  • Quanto tempo utilizar o Moodr? De modo geral, enquanto não houver estabilidade. Quando os sintomas estiverem em remissão e na ausência de efeitos colaterais, o Moodr pode ser posto em “hibernação” (não-preenchimento), podendo ser reativado na ocorrência de qualquer alteração relevante para o tratamento.
  • Utilize os períodos semanais do resumo para avaliar tempos maiores e os acertos/equívocos potenciais no caso. 
  • Terceirize o preenchimento em casos de resistência ou incapacidade do indivíduo.
  • O uso frequente do Moodr aumenta a familiaridade do psiquiatra com a ferramenta. Maior experiência com o aplicativo permite o aproveitamento pleno dos seus recursos e potenciais benefícios

Limitações: Esse é um aplicativo clínico, não especificamente de pesquisa, logo há uma simplificação das possibilidades de descrição dos sintomas e de sua utilidade em pesquisa do THB.

Ele também não precisa ser mantido indefinidamente, apenas durante a estabilização e pensando principalmente no acerto da medicação.

Questões de maior gravidade como risco imediato de suicídio, também estão além do escopo do Moodr.

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